Coral dos Canarinhos de Petrópolis canta Missa de Mozart na Páscoa

Neste domingo de Páscoa (09/04), o Coral dos Canarinhos de Petrópolis cantou na Igreja do Sagrado Coração de Jesus de Petrópolis, na tradicional missa das 10h, que há décadas é marcada pela presença dos Corais do Instituto dos Meninos Cantores de Petrópolis (IMCP). A missa foi presidida pelo Presidente do IMCP e Definidor Provincial, Frei Marcos Antonio de Andrade, OFM.

Para marcar o tom solene deste dia tão especial do Ano Litúrgico, o Coral, sob a regência do Maestro Marco Aurélio Lischt, preparou para o programa da celebração a Spatzenmesse, “Missa dos Pardais”, de Wolfgang Amadeus Mozart. Esta missa é feita para coro, solistas e orquestra. Esteve presente junto com o Coral dos Canarinhos na missa, uma Orquestra de Câmara, composta por músicos de Petrópolis e também da cidade do Rio de Janeiro. A última vez que o Coral cantou essa missa foi em 2019, nos tempos antes da pandemia. Na celebração, o Coral também cantou a tradicional Sequência da Páscoa, Victimae Paschali Laudes. Na aclamação ao evangelho, cantaram um Aleluia composto especialmente para o Domingo de Páscoa por Frei Ademir Peixer, OFM.  

Marco Aurélio Lischt, Maestro do Coral e Diretor Artístico do IMCP, diz que “é muito significativo na grande Festa da Páscoa poder transmitir também com o canto o tom da solenidade que se celebra”, ele também lembra que a execução de um programa mais complexo como esse “é um desafio, mas também um sinal de vigor do Coral, após os anos difíceis da pandemia”.

Em sua homilia, Frei Marcos disse que “a palavra para dizer do Ressuscitado em grego é “Kyrios”, traduzido para nós por “Senhor”, e o seu vocativo é Kyrie, que quer dizer “Ó Senhor”. Portanto, o Kyrie eleison  – Ó Senhor tende piedade de nós – composto por Mozart e que foi cantado nesta celebração, expressa com uma melodia tão viva e bela, um clamor ao Senhor Ressuscitado. A Igreja que clama ao Cristo Vitorioso que é o Senhor todo piedoso”. Frei Marcos também lembrou que um verbo importante para esse nosso dia da Páscoa é “entrar”. No evangelho do Domingo de Páscoa temos o relato de Pedro e João correndo em direção ao túmulo de Jesus, João para e olha, Pedro, no entanto, “entra” no túmulo. “E tantos são os túmulos que entramos nos nossos caminhos”, disse ele, “mas com a Ressureição do Senhor, o sentido primordial é o da vida. Se há túmulos, os mesmos estão vazios, porque a Páscoa de Cristo é também a nossa Páscoa e, portanto, todos nós somos convidados a fazermos a experiência pascal no nosso cotidiano, em cada dia de nossa vida”, completou.

Após a comunhão, o Coral cantou a grande Antífona Mariana para o tempo pascal, o Regina Coeli: “Rainha do céu alegrai-vos, aleluia. Pois o Senhor que merecestes trazer em vosso seio, ressuscitou, como disse, aleluia!” No final da celebração, Frei Marcos pediu que o Coral e a Orquestra pudessem cantar novamente o Kyrie a fim de ressaltar o tom pascal que a melodia composta por Mozart transmite para esta celebração no dia da Ressureição do Senhor.